
O coleguinha Carlos Calado informou em sua coluna, hoje, no Ilustrada, que Stevie Wonder aproveitou sua participação em um grande festival para apoiar o candidato Barack Obama à Presidência dos Estados Unidos.
O show era o 39.º Festival de Jazz de Nova Orleans e 70 mil pessoas, embaixo de chuva forte, ouviram o cantor dizer estar entusiasmado com o pré-candidato do partido Democrata.
Após a declaração, Wonder ainda pediu que se fizesse um minuto de silêncio em memória às vítimas do furacão Katrina, que destruiu parte da cidade, em 2005, deixando um rastro de mortes e desabrigados.
É comum um ato como esses lá fora. Artistas costumam aproveitar seus shows e participações em programas de entrevistas para fazer campanha, falar sobre alguma tragédia, tentar conscientizar seu público. É a cultura andando junto com a política. Afinal, o que é a política senão a arte de discutir idéias? E o que é a arte senão tentar tornar as pessoas mais informadas e politizadas?
O que lamento é uma atitude como essa ser rara em nosso país. Os “artistas da ditadura” se calaram – ou se cansaram – e a nova geração mal se lembra em quem votou nas últimas eleições. Não aproveitam um importante instrumento de mobilização - o microfone - para discutir idéias.
Parabéns a Stevie Wonder, um dos mais respeitados cantores e compositores do mundo, ativista de causas humanitárias e deficiente visual.
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