segunda-feira, 7 de abril de 2008

Trilogia Carioca

Alexandre Pessoal, Maninho Lima e Bruno Ceará

Banda começou de forma despretensiosa e hoje lota as casas por onde passa
Três amigos, cada um com sua banda, resolvem juntar seus talentos e formar um grupo, sem se desligar de seus trabalhos. Mas Alexandre Pessoal (ex-integrante da banda Nada Pessoal), Bruno Ceará (ex-integrante da banda Seu Cuca) e Maninho Lima (ex-integrante do grupo Deu Branco) viram que a coisa foi tomando forma e resolveram investir no Trilogia Carioca.

O grupo passeia do samba à MPB, tem um vasto repertório que vai de Marisa Monte a Jorge Ben, Seu Jorge a Fundo de Quintal, além de suas próprias composições.

Em um bate-papo animado, o trio fala sobre sua formação e projetos para seu primeiro CD.

“Cada um tinha um trabalho separado, mas a gente era muito amigo e sempre dava uma canjinha no show do outro. Então a gente resolveu se juntar, mas sem largar seu projeto. Desses encontros surgiu uma cara para o trabalho. Começamos a nos apresentar oficialmente e resolvemos nos assumir como banda. E o Trilogia nasceu do crescimento dessa coisa despretensiosa que a gente fez”, explica Alexandre Pessoal, voz e efeitos.

Os três se orgulham em dizer que nunca se aproveitaram do conhecimento de ninguém para tocar em algum lugar. Alexandre, por exemplo, é filho de Erasmo Carlos, mas faz um trabalho independente e diferente do pai.

“A gente conhece muita gente, mas mesmo assim nunca tivemos um padrinho para tocar na Lapa, por exemplo. Isso nunca foi fator determinante. Tudo que conseguimos foi por mérito nosso. A Lapa é um mercado extremamente fechado e ainda assim tocamos para 8 mil pessoas na Fundição Progresso”, se orgulha Ceará, voz e violões.

E de pensar que, com exceção de Alexandre, a música entrou por acaso na vida deles.

“Nunca pensei em ser músico. A profissão surge na vida de cada um muito cedo, mas a música nunca é a primeira opção, até por ser colocada um pouco à margem da sociedade. Caí na música por diversão. Um grupo de amigos do pré-vestibular tinha banda, tocava samba e aí resolvi tocar e deu no que deu”, conta Maninho, voz, cavaquinho, violão e pandeiro.

Já são três anos de formação. O grupo começou, oficialmente, em abril de 2005 e agora trabalha para lançar seu primeiro CD.

“A gente começou a fazer a pré-produção. Como os três compõem estamos analisando o repertório, o que é bom pra banda. Estamos encontrando uma cara ainda para o CD, que deve sair ainda neste ano”, adianta Alexandre.

Mas enquanto o CD do Trilogia Carioca não sai, o público pode conferir o trabalho do grupo no bar Bom Sujeito, na Barra da Tijuca, onde eles tocam de 15 em 15 dias, e aos domingos na MELT, no Leblon.

Em breve, no site http://www.trilogiacarioca.com.br/ os internautas poderão também baixar suas músicas.