
A escolha foi feita por um júri de sete pessoas, entre elas a cantora Roberta Sá, que já cantou com Ney. O prêmio, concedido antes a Tom Jobim, Dorival Caymmi, Tom Zé e outros compositores de diferentes gêneros da MPB, foi criado em 1981 e, desde 2008, também é dado a intérpretes. A primeira foi Maria Bethânia.
Inclassificáveis foi lançado há dois anos, mas o show provoca o mesmo impacto de quando o artista saiu em turnê.
No palco, uma figura andrógina, cheia de brilhos e gestos apaga o lado tímido e discreto de Ney. O show de interpretação, figurino, iluminação e, é claro, de sonoridade que o cantor e sua banda dão mostra porque o sul-mato-grossense é o artista mais completo da MPB.
É tão incrível a maneira com que ele se entrega no show que o público fica paralisado, sem saber se aplaude ou se pisca.
No repertório dessa obra prima, clássicos como O tempo não para, Um pouco de calor, Por que a gente é assim? e Pro dia nascer feliz, numa pegada bem rock’n’roll.
Depois das guitarras pesadas de Inclassificáveis, Ney se desplugou e agora aparece bem mais sereno em Beijo Bandido, com pitadas de tango (Tango para Teresa / Jair Amorim e Evaldo Gouveia), bolero (De Cigarro em Cigarro / Luiz Bonfá) e samba (Bicho de Sete Cabeças II / Geraldo Azevedo).
Beijo Bandido traz 14 canções e está nas lojas desde outubro e você pode ouvir trechos de cada música no site www2.uol.com.br/neymatogrosso.