
Moreira ficou conhecido por possuir um castelo avaliado em R$ 25 milhões em Minas Gerais e é suspeito de utilizar irregularmente a verba indenizatória de R$ 15 mil a que os congressistas têm direito mensalmente para segurança. Mas, na opinião do relator, se os abusos cometidos com passagens aéreas foram perdoados, o mesmo tem que acontecer com Edmar.
Questionado se não estava preocupado com a má repercussão de uma possível absolvição do investigado, Moraes respondeu que está se lixando para a opinião pública.
Primeiro ponto: é verdade que, se Edmar for cassado por usar irregularmente a verba indenizatória, que pra mim já é errada, o Congresso inteiro tem que ser. Moraes não está totalmente leviano ao querer comparar o colega com aqueles que deram passagens para sogras e amantes.
Segundo ponto: o cara ganha meu dinheiro e fala que está se lixando para a minha opinião?
O pior não é ouvir isso, mas admitir que talvez ele tenha dado essa declaração por se tocar que o público não tem opinião.
Um bloco de carnaval, no mês da folia, arrasta um milhão de pessoas pela Rio Branco. Elas pisam em urina, são esmagadas, pisoteadas, assaltadas, mas estão lá, sorrindo, embaixo de sol ou chuva, colocando pra fora toda devassidão que guardam durante todo o ano.
Agora, quando um político rouba dinheiro público, quando uma criança é arrastada por uma rua onde todas as autoridades do país sabem que é perigosa, mas nunca planta sequer uma viatura, todos sentam em frente à TV e choram. Só.
Não somos o país da piada pronta, como diz José Simão. Somos a piada! Chegamos a esse ponto porque deixamos, porque nos esquecemos do nosso passado. A juventude hoje sequer sabe o que foi a Passeata dos Cem Mil. Deve achar até que foi um bloco qualquer. Estamos hoje coniventes com tudo o que acontece numa nação que idolatra BBBs.
Uma vergonha!
Um comentário:
Nossa... que blog bacana! Parabens! Sou seu fã!
Abs,
Diego Maia
Postar um comentário